Thanksgiving and Black Friday

Estou em Providence desde quarta.

Com gatos dormindo na minha cama e atacando meu nariz.

A Kathleen (santa) ofereceu a casa e a familía pra me acolher no Thanksgiving, que é nada mais que um feriado feito pra comer.

Na quinta fomos até a casa do irmão dela, onde mil pessoas que eu nunca tinha visto tavam sorrindo pra mim. =)

Peruzão, umas misturebas de vegetais, vinho, queijos, torta de maça, de abacaxi e de cramberries. Comi até que o botão da calça se sentiu meio expremido.

A Kathleen tem uma nenem de 7 meses, a Kit, então não tive que responder milhões de perguntas pro povo... todo mundo babando ao redor dela. Conheço essa cena, sabe? =P

Aqui vai uma foto deles:


Foto de celular é uma beleza!
haha

No dia seguinte foi a loucura do feirão aqui nos EUA. A famosa Black Friday, quando a maioria das lojas resolve liquidar tudo por um único dia. Os shoppings e lojas abrem tipo 4, 5 ou 6h da manhã!
Laptops por 190 dólares, coisas do tipo. Eu comprei jeans e alguns eletrônicos, um deles foi o famoso iPod touch. Vamos ver se presta pra alguma coisa! Se não eu devolvo e pego meu dinheiro de volta! ahahah

Hoje, já não mais tksgiving nem black friday, fomos comer pizza na casa da família do marido da Kathleen. Pizzas quadradas e maravilhosas! Não sei o que colocam nas pizzas aqui, mas to in love! =D
Ainda bem que volto pro Brasil no verão e vai dar pra subir o monte do careca a pé mil vezes pra compensar cada pedaço que comi hoje!

Um pessoal muito simpático e divertido.
Tinha uma tia de 81 anos lá, em especial, que me encantou. Coisa mais linda e engraçada da vida. Toda ativa e piadista. Ele é adepta dum vinho e conversei horrores com ela, que ficou falando pra eu voltar quando quisesse! Quase coloquei ela na minha bagagem pra levar de volta! Pena que não deu pra tirar foto com ela...

Agora vou pra algum programa mais agitadinho com a Kathleen... vamos pra algum bar aqui em Providence.

Até a próxima =D

Vegas 2

Vegas

LA Chapter 3: Vegas

Las Vegas é um putero aberto, um cassinódromo e um imenso gasto de energia elétrica... e de dólares (não só, mas dominantemente) da terceira idade!
Saímos da estação de bus na terça-feira, depois de 6h30 de viagem e atravessamos a Freemont St, onde se tem uma amostra do que virá pela frente. É tipo uma rua 24h (forcei!) só que 3 vezes maior nas 3 dimensões. Depois vem a dimensão de ver as “bartenders” na frente dos cassinos praticamente peladas, deitadas nos bares e bebendo capeta em copos monster. Ah! É claro... chamando para entrar nos cassinos e apostar pelo menos uma verdinha...
Chegamos no Sin City Hostel, na Las Vegas Boulevard (na real a única rua que tem importância na cidade... onde se concentram 99% das pessoas, das luzes, dos festivais, etc.). Os ônibus lá eram consideravelmente mais luxuosos que os de LA.
Fomos inacreditavelmente super bem recebidos no hostel. Os quartos não cheiravam a peixe podre como no outro e tinha um banheiro privado. 15 dólares a diária. Incroyable!
Curiosos pra ver o que tinha na famosa cidade, sem demorar muito, andamos em direção ao centro.
A cidade é cheia de passarelas lindas, de painéis exuberantes, de propaganda, of course, e de gente eufórica. Mas é estranha a sensação de “estou em Las Vegas” que me deu ali.
Um pouco depois, sem resistir muito, enfiei uma nota de 1 dólar numa maquininha pra ver no que dava...
Talãlãlam. Apertei tudo que é botão e esperei. As ladies do meu lado e o Allan ficaram olhando com cara de bobos. O um dólar virou 5! Hahah
Eu todo feliz e ponderado, mandei a máquina liberar o ticket pra resgatar o dinheiro. 1 dólar virou 5. O maior investimento da minha vida. 400% de lucro em alguns segundos.
Dentro dos cassinos tem vários caixas automáticos que “quebram” notas maiores em menores e que aceitam tickets das máquinas para se retiram dinheiro. Saiu uma notinha quentinha e nova de 5 pila pra mim.
Eeee!
O Allan ficou indignado que perdeu o 1 dólar dele em 2 segundos. Quis parar no Cassino Paris e foi aí que o nosso vício começou! Haha!
Eu ainda com a sorte de principiante enfiei mais uma notinha lá... A de 5 que eu tinha acabado de pegar.
Viraram 10 dólares dessa vez! Mais uma vez retirei o ticket e o Allan perdeu um ou dois ou três dólares.
=)
Até que uma hora vc começa a entender como funcionam as máquinas. E elas nunca perdem. Aí a sorte de principiantes, assim do nada, te larga e vai pra outro que tá entrando no cassino.
Resolvi quebrar meus 10 em 10 notas de 1. Só sei que em questão de 15 minutos eu já não tinha mais os 10 na mão! SUMIRAM! Hahaha
Tá tá... no fim eu só tava perdendo 1 (o primeiro que tinha apostado).
=P
Chegou a hora da ira e a gente resolveu andar mais um pouco. Tirei fotos (posto depois). Voltamos pro cassino e dormimos. Dia cansativo cansatiiiivooo.

No outro dia, parecia que já não havia mais o que fazer naquela cidade. É realmente um treco absurdo e sem graça depois de 36h.

À noite, resolvemos tentar achar bares e baladas. Era uma quarta-feira e isso não seria problema em Las Vegas. Até em Ctba tem o que fazer às quartas!
Bobagem... Tudo meio sem graça, caímos no conto de uns taxistas que cobraram 5 pila pra mostrar onde estava o agito (uma quadra de onde a gte tava antes!). Pilantrice!
De bar em bar, como Maysa, não achamos nenhum lugar assim extraordinário.
Dica: se um dia forem até Los Angeles e 2 dias sobrarem, não escolha Las Vegas, e sim San Francisco (que não deu pra conhecer!! = ( ). Se tiver 3 ou 4, ainda San Francisco. Se tiver mais, daí até dá pra considerar uma jogadinha por Vegas.
De qualquer maneira, foi divertido! No outro dia a gente riu da desgraça e do prejuízo!
A pizza de lá é muito boa!!! =D
To be continued...

LA Chapter 2

Muito estranho ter que contar uma semana depois. Mas não ia ficar carregando o laptop lá não! Meu vício pode ser banido às vezes.

Então tá...

Continuando. No sábado eu visitei Hollywood, choquei com o tanto de gente fantasiada na rua! Eram 3 Charles Chaplins, 2 Michael Jacksons... e por assim vai!

No passeio eu encontrei com o ator que fez Cazuza, Daniel de Oliveira! Haha! Ninguém sabia quem ele era quando eu pedi pra tirar foto... as pessoas passavam e me cutucavam: Who is this?

Ele foi super simpático e nos desejou "tudo de bom".

De tarde foi a vez da Rodeo Drive, em Beverly Hills. Tão chique e tão fora da realidade que chega a dar ânsia! haha! Mas é tudo muito bonito por lá... Aquelas palmeiras enormes... Casas com milhões de quartos, sem cercas... Coisas de filme e de Cameron Dias.

Comi um veggie burguer por lá mesmo e voltamos pra Hollywood.


Eu e o Allan decidimos que iríamos para o Six Flags, um puta parque de diversão ali perto (1h30 de bus de Hllyd).

Domingo de manhã acordamos às 6h30! Porque o Allan falou que demoraria 2h30 pra chegar no parque.
Como ele é super orientado a gente foi chegar lá às 12h30!!! hahaha!

Tudo bem, o parque tava meio que não tão cheio.

Essa foto é a partir de uma torre de uns 130m de altura, bem no meio do parque! O Sol já tinha se posto.

A paisagem da Califórnia é tipo a do filme da Múmia! Essas árvores da foto devem ter sido plantadas e regadas todo dia! =P

Montanhas altas e desérticas, clima seCU e quente. Pra quem saiu de Boston com umas 5 layers de roupa, lá dava pra ficar de sunga!

=D

To be continued...

LA Chapter 1

Uma semana de pseudo-ferias em Los Angeles e Las Vegas nao faz mal algum.

Antes que a neve chegasse em Massachusetts, fugi para o sudoeste do pais.

Ja no voo de Boston pra LA comecei a perceber as diferencas mais aparentes entre os cantos dos EUA.

Cidades quadradas e de quadras meticulosamente perfeitas e luzes por tudo... isso era o que eu podia ver da janela do AA 757.

O voo foi longo longo longo. Passaram dois filmes, li, tentei dormir, segurei a vontade de ir ao banheiro, pois havia dois assentos pra ultrapassar para chegar no corredor e dois caras mau-humorados com as respectivas bundas neles.

Depois de umas quase 6h de voo, fiquei procurando as luzes da cidade pela janela, esperando "reconhecer" algo que indicasse proximidade a LA.

Elas comecaram a aparecer e o aviao nem comecava a preparar para aterrissar. O conglomerado tem uma area do cacete que nao acaba mais. NYC e Boston parecem pequeninhas cidade (em area), quando se ve LA la de cima. Poucos predios, muitas cores e neon. Luz luz luz, carro carro carro, quadras quadras e quadras.

Aterrisou. Desco do aviao ja sem o cachecol, sem luvas... Praticamente verao.

O Allan tava me esperando no aeroporto de bermuda e camiseta.

Pequena explicacao: Logo depois que cheguei aqui nos EUA, eu e ele retomamos contato, nao sei como... "Vc ta em MA?" "Sim" "Eu to em LA" "UAU" "Vem pra ca quando quiser" "Vou!"

Ele ta morando em Santa Monica e estudando cinema aqui. Foi muito querido ao se oferecer pra atravessar a cidade pra me receber e passear comigo nessa semana toda, inclusive a ir pra Las Vegas dibuzao comigo.

Dentro do bus pro hostel a paisagem parecia de alguma maneira familiar. Talvez uma mistura de SP (cinza, tuneis...) com Rio (palmeiras e calor), tirando que o clima aqui eh sequissimo. Desertao mesmo.

Fiz check-in no hostel furreca, mas na frente do Kodak Theater, onde acontece a cerimonia do Oscar, na Hollywood Blvd - calcada da fama, estrelas e caricaturas. Muita gente vestida de Spiderman e Michael Jackson.
(A Mulher Gato passou por mim e queria uma gorjeta, no dia seguinte).

No hostel quiseram me enfiar num quarto pra 6, sendo q eu tinha reservado e pago por um de 4. Desci e reclamei meus direitos (hahah) e acabei ficando num quarto de 4 camas, sozinho, no segundo andar.


Saimos logo em seguida sem muito rumo.

Um primeiro dia razoavelmente tranquilo, mas ja de brilhar os olhos!


To be continued...

Pós-humano

Quem nunca se deparou com aquele tipo de pessoa que conversa um monte pela internet, mas ao vivo se caga toda pra puxar um assunto minimamente menos raso com você?

Acho que as pessoas aqui, e talvez em muitos lugares, pobres ou ricas, estão ficando pós-humanas. Vejo todo dia na aula... Metade da turma grudada no iPhone, outra metade grudada naquele Blackberry horroroso. É todo mundo programando o depois. Concentração no presente? Fica pra depois também!

Facebook, My Space, Twitter, etc. Tudo tão fácil e tão presente. Presente no sentido não temporal da coisa.

Quando o professor perguntou nessa manhã:
"Quem pesca aqui?"

"Quem viaja passar as férias com os avós?"

"Quem pratica surfe?"

"Alguma opinião? Alguma pergunta?"

Nenhum "yes" saiu.

Fiquei pensando o que será que vai acontecer com as atividades tomadas como básicas e "fundamentais" no futuro. Aliás, futuro que nem dá pra mensurar quão distante está. Se é que já não faz parte do presente.
O que vem a ser viver no presente? Será que alguém sabe?

Ou assim: super empolgado contando algo e seu receptor nem sequer pede licença para ignorar, consciente ou inconscientemente, a conversa do momento e dar uma olhadinha no portátil?

Toca o celular, caixa de emails cheia, farmville no facebook, dedinhos afiados. Boca calada.

Halloween 2

Sim sim, a festa na casa do Shota.

Tudo começou quando eu cheguei na casa dele. Fui o primeiro (de propósito).

Cheguei às 20h35. Tudo um silêncio, menor clima de festa.

Pensei: "ele marcou às 21h. é por isso".

Toc toc toc.

Entrei e choquei. Um clima de paz, não de halloween. Um jazz tocando ao fundo e lá estava o Shota na cozinha, tranquilo, cozinhando.

Não quis ser grosseiro, mas perguntei: "vc não teve tempo para decorar a casa? essa música não é de halloween hein?"

Daí ele falou que ficou o dia todo limpando a casa e que, no fim, não tinha feito nada de mais para a festa.

Coisa de japonês, limpar a casa PARA a festa. Mal sabia ele...


Ergui as mangas e comecei a me mexer.

Na sala da casa dele tem mais sofá e mesa do que copos. Mudei todo o layout da sala imaginando que o povo ia começar a chegar e não caber ali naqueles entrespaços.

No improviso, perguntei se ele tinha velas. Sim! Muitas!
Acendi umas 7, apaguei as luzes...
Procurei algo pra "decorar". Uma caixa de papelão de mudança cheia de papel vegetal dentro. Perfeito!

(Em casa de japonês tem que tirar os sapatos pra entrar)
Espalhei esse papel pela entrada, já que tava chovendo e todo mundo ia chegar depois de ter pisado na lama e nas milhões de folhas do outono, colei uma porta de papel picotada em cada entrada de cômodo da casa, mudei umas luzes aqui e ali, puxei umas mesas da sala pro quarto dele. Abri espaço pro povo colocar os casacos, etc...

Total no improviso.

Ele ficou me elogiando como se eu tivesse fazendo milagre (acho que tava mesmo!). Comeu o jantar dele tranquilo e procurou umas músicas no youtube com mais cara de Halloween (tipo Megadeth, Marilyn Manson e por aí vai...).

Ótimo! A casa zen transformou-se numa pseudo sala-para-festa de Halloween.

Nisso chegaram dois convidados, um vestido de Wally (aquele que tem que achar nos livros) e uma borboleta!
Eles chegaram 21h30 e ficaram preocupados, pois não tinha mais ninguém além de mim e do Shota.

Uma meia hora depois, veio praticamente o ônibus pra festa. Umas 30 pessoas chegaram todas juntas. Desde fantasia de marinheiro, passando por vampiro, até Flash.

Não sei como em mais 15 minutos, mais umas 20 pessoas brotaram da terra. A sala tava entupida.

Super inimaginável ver pessoas de todos os cantos do mundo ali, com mil fantasias diferentes e expectativas diferentes pruma festa de Halloween.

Povo dançando, comendo, berrando, having fun.

Tudo lindo por um bom tempo.
Fotos aqui, fotos ali.

(Quem me acha?)
(Nem dá pra ver o Wally ali)

Até todo mundo começar a beber, vomitar e destruir a casa do meu caro amigo japa.

Fim de tudo, 4 da manhã, só sobraram eu e mais 4 orientais varreando, aspirando e reestabelecendo o centro espiritual do Shota - que estava sentado na cozinha passando mal de tanto vinho que bebeu.

Emprestei o carro dele pra vir pra casa e trazer os outros heróis pro campus.

Hoje, domingo pós-festas, foi dia de lavar roupa, limpar o quarto e planejar a viagem para Los Angeles e Las Vegas!

Quinta me mando de novo!

=D

Boa semana!